MEC muda regra do Fies e pode cobrar na Justiça 584 mil alunos em atraso

O pior senário 2020 para o Fies é o recorde de inadimplentes do programa, por esse motivo o programa mudou algumas regras para poder cobrar os devedores na justiça, aqueles que dever mais de um ano no programa.
Somando mais de R$ 12 bilhões em dívidas, a cobrança era só feita administrativamente.

O Fies financia grande parte do custo do curso para os estudantes com juros baixos, e o estudante só começa a quitar sua dívida depois de 18 meses de conclusão.
O programa foi a maior receita para as faculdades particulares nos últimos anos no Brasil.

O Fies tem um número exorbitante de pessoas inadimplentes desde 2015, com um número de 59% de atraso crescendo a cada semestre.

MEC muda regra do Fies e pode cobrar na Justiça 584 mil alunos em atraso

SAIBA MAIS

As principais mudanças do programa está a exigência a o candidato ter nota mínima de 400 pontos na redação do ENEM, e mais 450 pontos na parte objetiva da prova.

Informações do MEC, dizem que as novas regras “privilegiam a meritocracia”. Buscando sempre a excelência dos candidatos para fazer parte do programa de financiamento estudantil.

A resolução prevê ainda reduzir para a metade o total de vagas oferecidas em 2020, são previstos 54 mil financiamentos por ano a partir de 2021.

O Fies cada dia se mostra mais difícil para os estudantes que querem optar pelo programa. Primeiro foi a eliminação do financiamento de 100% e agora essas novas exigências de nota do ENEM.

Entenda as mudanças

Cobrança judicial

• Contratos com parcelas em atraso há 360 dias poderão ser cobradas judicialmente.
• Hoje, a dívida só é cobrada de forma administrativa.

Desempenho

• Nova regra de nota mínima de 400 pontos na Redação do Enem.

• Antes, só era preciso não zerar na Redação e ter média de 450 pontos nas provas objetivas.

Transferência

• A transferência de graduação só será permitida se o aluno tiver nota no Enem igual ou superior à média do último ingressante, utilizando o Fies, no último processo seletivo.

Financiamento privado já supera o público

O MEC não é mais o maior financiador de estudantes no ensino superior priva

do do Brasil

Em 2018, o número de financiamentos privados superou os principais programas do governo federal.

Nos financiamentos particulares ainda estão inclusas as principais bolsas governamentais, assim as instituições recebem isenções fiscais e abates de dívidas com a União.