Mercado reduz projeção para crescimento da economia em 2023 - Diário Financeiro Diário Financeiro
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Mercado reduz projeção para crescimento da economia em 2023

Expectativa para o PIB caiu de 0,79% para 0,76%

Mercado financeiro projeta queda na previsão de crescimento da economia brasileira para 2023.

De acordo com o boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (13), a previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira em 2023 caiu de 0,79% para 0,76%.

A estimativa para 2023 está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

O mesmo ocorre com a projeção do mercado para a inflação de 2024, que também está acima do centro da meta prevista, de 3%.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Com as projeções para a inflação acima das metas para 2023 e 2024, o BC prevê que os juros podem ficar altos por mais tempo do que o previsto. A expectativa do mercado financeiro é que a Selic termine o ano em 12,75% ao ano.

Além disso, a previsão para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o final de 2023, com a estimativa de que a moeda americana fique em R$ 5,30 para o fim de 2024.

Ainda segundo o boletim Focus, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) é de crescimento de 1,5% em 2023, a mesma previsão há sete semanas seguidas.

Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,85% e 2%, respectivamente.

Quanto à inflação, a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou de 5,78% para 5,79% neste ano. Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 4%.

Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

É importante destacar que quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, o que causa reflexos nos preços, já que os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, podendo dificultar a expansão da economia.

Por outro lado, quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Em janeiro, o IPCA ficou em 0,53%, puxado principalmente pelo aumento de preços de alimentos e combustíveis, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação só ficará dentro da meta a partir de 2024, quando deverá se situar em 3%, e em 2025 (2,8%).

Para esses dois anos, o CMN (Conselho Monetário Nacional) estabelece que a meta de inflação para 2026 seja de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

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Taxa de juros A Selic é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para alcançar a meta de inflação.

O Comitê de Política Monetária (Copom) define a taxa básica de juros, que está em 13,75% ao ano desde agosto de 2021. Esse é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Com as projeções para a inflação acima das metas para 2023 e 2024, o BC prevê que os juros podem ficar altos por mais tempo que o previsto.

A autarquia não descarta a possibilidade de novas elevações caso a inflação não convirja para o centro da meta definida pelo CMN, como o esperado, em meados de 2024.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic termine o ano em 12,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 10% ao ano.

E para 2025, a previsão é de Selic em 9% ao ano.

Demanda aquecida Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Câmbio A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o final de 2023.

Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,30.

A taxa de câmbio é um fator importante para a inflação, já que afeta o preço de bens e serviços importados.

Quando o real se desvaloriza em relação ao dólar, por exemplo, os produtos estrangeiros ficam mais caros, e isso pode pressionar os preços no mercado interno.

Além disso, a desvalorização da moeda brasileira também pode afetar os investimentos estrangeiros no país.

Os investidores podem ficar receosos em aplicar recursos no Brasil, o que pode prejudicar o financiamento da dívida pública e afetar o crescimento econômico.

Fonte: Agência Brasil